“Em 2005, a vizinha Espanha teve pela primeira vez um governo paritário-igual número de ministras e ministros. Dez anos depois, o novo governo português, apesar de pretender ser progressista, não reflete esse ideal de ter em números de ministros a proporção de género na sociedade portuguesa, que ficou mais uma vez sem efeito”, contava-me o Rui irritado com mais uma tentativa gorada de se atingir esta meta, por muito contente que esteja com um governo apoiado pela esquerda.
Pelas suas contas, este executivo simboliza um Portugal em que as mulheres representam pouco mais de 20% da sociedade e os homens mais de 75% – 4 mulheres e 14 homens-. Em compensação temos um primeiro ministro de origem goesa e uma ministra negra.
Mais uma palavra para a escolha de João Soares como Ministro da Cultura. “Esta gostei!”, contava-me o Rui que finalmente haverá alguém que ocupe este lugar com experiência em política cultural, peso político e experiência profissional na área cultural, já que há 40 anos que exerce como editor de livros. “Finalmente dar peso à cultura!”