
Hélder Trindade, presidente do Instituto do Sangue
O Rui pensava que todos tínhamos o mesmo sangue, independentemente de ser de um heterosexual, homosexual, bisexual. E que não seria através da resposta oral a um quetionário sobre o comportamento sexual do dador de sangue que o mesmo seria ou não excluido.
Mas afinal não.
Segundo as declarações à Assembleia da República do presidente do Instituto Português do Sangue, Hélder Trindade, este refere que só admite dadores de sangue gay que sejam abstinentes. Por momentos o Rui pensava que estava a ler as declarações num jornal de 1980, mas confirmou a data, e afinal não, o jornal é o Público e a publicação da notícia é de 29 de abril.
Porque as declarações, vindas do responsável máximo de um organismo que periodicamente lança alertas sobre a falta de sangue nos hospitais e a necessidade de aumentar as recolhas, são de um tom preconceituoso que rebenta com qualquer barreira de bom senso, aqui ficam as “pérolas” sanguinárias extraídas da referida notícia, publicada por Bruno Horta no site do jornal Público a 29 de abril. Sem comentários.
“Se o dador admite que é homossexual mas não admite que teve práticas sexuais com homens, pode dar sangue”
“Tenho um critério para o heterossexual e outro diferente para o homossexual que tem coito anal porque na população homossexual existe uma prevalência elevadíssima de VIH.”
A pergunta “sendo homem, teve contactos sexuais com homens?”, cuja existência nos inquéritos escritos de triagem de dadores levou à aprovação da resolução de 2010, é “obrigatória oralmente”, disse Hélder Trindade aos jornalistas, já depois da audição – porque os contactos sexuais de homens com homens são um “factor de exclusão do dador”.
http://www.publico.pt/sociedade/noticia/presidente-do-instituto-do-sangue-so-admite-dadores-gays-que-sejam-abstinentes-1694028?frm=sec
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